“Unleashing the potential of AI: Boldness, Responsibility, and Innovation in motion”
Pequeno-almoço debate | 07 de Julho
Este pequeno-almoço contou com abertura por António Martins da Costa – Presidente da AmCham Portugal; Fireside Chat com Karan Bhatia e Pedro Siza Vieira e final remarks pela Embaixadora dos EUA, Mrs. Randi Charno Levine.
Takeaways
A IA é o maior desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, é preciso olhar para ela como oportunidade, com responsabilidade e em conjunto. Esta pode ser uma conclusão do debate de hoje.
Os dois oradores estiveram de acordo em que vivemos um momento de boas relações entre a Europa e os EUA, ponto critico para se trabalhar num quadro regulatório comum, com Karan a sublinhar que a pandemia e a guerra na Ucrânia ajudou a aproximar os dois blocos, e a dar um boom á evolução tecnológica, com a tecnologia a ter um papel decisivo, possibilitando o contacto das pessoas embora isoladas, possibilitando a continuação das operações nas empresas, e a entrar na guerra de uma forma e com um papel que não se pensaria.
O ponto é, se as forças políticas vão conseguir conversar para coordenar respostas, com o objetivo de não fragmentar mercados e de a UE e os EUA serem os criadores das regras que serão seguidas pelo resto do mundo, unidos pelos valores democráticos comuns, ou se vamos trabalhar separados.
A tecnologia possibilita o Empowerment da sociedade, a liberdade de comunicação, mas traz riscos associados e novos desafios que tem de ser tratados.
Siza Vieira sublinhou a importância de haver uma regulação europeia a 27, ao contrário dos EUA onde a regulação na Califórnia é diferente da do Texas, e classificando os riscos em três graus diferentes, desde aqueles que não serão de todo permitidos na europa (por exemplo utilização do reconhecimento facial que é feita na China), passando por aqueles que tem de ser regulados e ainda os que serão assumidos e, sendo necessário a “ political democratic regulation”.
Karan por seu lado sublinhou a preocupação de um excesso de regulamentação, com novas regras a serem aprovadas numa base diária, o que obriga a um enorme esforço para as empresas, retirando competitividade e atrasando o desenvolvimento.
Quis lembrar que são produtos/serviços que trazem muitos benefícios para as sociedades, melhorando as vidas das pessoas. A Google por exemplo só lança produtos quando está segura. Deu o exemplo do chatGPT, estes são modelos de aprendizagem que precisam de tempo para não darem respostas erradas, o que faz com que a Google não seja a primeira no mercado, apesar de já estarem há muito mais tempo e terem investido muito mais dinheiro nestas tecnologias .
A importância de serem empresas responsáveis, que se impõem a si próprias critérios e limites, é como os carros não são postos no mercado sem serem seguros.
Para Siza Vieira este não é um tema gerado pela tecnologia é um assunto enquanto sociedade democrática que somos e queremos ser. A empresa tem a sua responsabilidade, mas tem de haver alguma regulamentação, de novo como nos carros , que são regulados numa serie de itens (emissão de CO2, velocidade etc). A população está mais preocupada com os riscos da IA do que a consciência que tem dos seus benefícios, precisam de sentir segurança, de ter alguém/organismo que fiscalize, que lhes dê essa segurança.
A tecnologia e em particular a IA, impactam todas as indústrias e a sociedade no geral. Toda a nova tecnologia traz receios, traz riscos, faz parte da nossa história e temos tantos casos no passado que hoje fazem parte das nossas vidas.
Interessante debate sobre IA e em particular acerca do papel das relações transatlânticas na garantia de um quadro regulatório coordenado para o desenvolvimento da Inteligência Artificial. Neste debate foi explorado a forma como a colaboração transatlântica poderá moldar o futuro da Inteligência Artificial, promovendo diretrizes éticas e garantindo a proteção dos interesses públicos.
Curiosidade: Visita ao Blog “Pessimists Archive”, aconselhado por Pedro Siza Vieira, sobre “Fears about old things when they were new”.