Tendências Geopolíticas e Geoeconómicas de um mundo em mudança com Dr. Paulo Portas
11 de Abril | Hotel Marriott Lisboa
Teve lugar no dia 11 de abril, com o Patrocínio da KPMG, o Almoço- Debate com o orador convidado o Dr. Paulo Portas.
Takeaways
- O grau de imprevisibilidade é muito alto e o imprevisível pode prevalecer. A parte boa é que nestes 5 anos a sociedade, as empresas e as organizações aprenderam a gerir crises e a adaptarem-se, apesar de geralmente com custos muito altos.
- Quem faz previsões opta normalmente por previsões mais pessimistas. Vejamos o que aconteceu, contrariando as previsões para 2023: os EUA cresceram, a China não teve nenhum crescimento espetacular após covis e a Europa de uma forma global conseguiu resistir.
- O capitalismo americano é único e incomparável.
- Se tivesse de escolher o facto mais preocupante a nível mundial, seria a colossal dívida das duas maiores economias mundiais – os EUA e a China.
- Questiono se um crescimento de 5% na China garantirá estabilidade, considerando o contrato social implícito de prosperidade em troca de conformidade e obediência.
- A europa não discute duas questões que estão no cerne da falta de competitividade europeia: a demografia e a inovação.
- O 5 novembro pode ser um gamechanger.
- A visão da relação com a China é mais ou menos comum entre Republicanos e Democratas: os EUA como incumbente, a China o desafiante. Sob a Administração Biden, o número de empresas chinesas incluídas na lista negra triplicou, e mantiveram-se as tarifas protecionistas.
- A postura atlantista de Biden contrasta com a abordagem isolacionista de Trump.
- As eleições americanas são mais relevantes para o mundo do que para a própria américa, dada a limitação dos poderes legislativos do Presidente.
- Se Trump ganhar pode oferecer uma vitoria política a quem não teve uma vitoria militar.
- Trump sempre manifestou não gostar da Nato, achar um desperdício de dinheiro, mas nunca chegou ao ponto, como agora, de se colocar em causa o artigo 5º. Sem o artigo 5º a Nato passa a ser uma ONG.
- A política económica de Trump é baseada em: Tarifs, Tarifs, Tarifs!
- A política externa é uma acto de racionalidade, de opção por decisões menos más, ou possíveis, não deve ser de políticas instintivas.
- Esta é a primeira eleição de grande escala sobre a influência da inteligência artificial.
- Preocupação: a fragmentação da globalização suscita o tema do que se pode fazer com a China e o que é que já não se pode fazer com a China. Ninguém sabe responder ao certo a esta questão.
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