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Innovation Talks – Pequeno Almoço

Conversas transformadoras com empresas inovadoras e pessoas inspiradoras

Apoio: ManpowerGroup

No dia 30 de Abril, teve lugar no Hotel Sheraton Lisboa, o Innovation Talks com o objetivo de aproximar ecossistemas, promovendo a interação e  a identificação de oportunidades de colaboração, estimulando uma cultura inovadora. Neste primeiro Innovation Talks, Paulo Teixeira – Country Manager da Pfizer e Membro da direção da AmCham fez os Welcome Remarks, seguido da intervenção e conversa com António Portela – CEO da Bial, e do Painel que contou com Luis Valente – CEO & Co-Founder iLoF, Isabel Rocha – Vice-Reitora Universidade NOVA de Lisboa coordena a áreas de investigação, inovação e criação de valor, Pedro Leite – Head of Sales HQ & Partnerships ebankIT e moderação de Nuno Ferro – Brand Leader da Experis. Closing Remarks por António Martins da Costa, Presidente da AmCham.

Evento integrado no Programa Inovação da AmCham, saiba mais AQUI.

Takeaways

António Portela

António Portela contou-nos uma história de sucesso com 100 anos, que atravessou quatro gerações, e em que cada uma acrescentou e inovou. O Bisavô fundou a empresa, o avo industrializou, e o pai, com formação em medicina e investigação, apostou na I&D.

Os pilares estratégicos da Bial são claros: Inovação & Desenvolvimento e Internacionalização. A diferenciação proporcionada pelo 1º pilar permitiu o crescimento no 2º pilar.

  • 20% da faturação é investida em I&D. A Bial é a empresa industrial que mais investiu em I&D Portugal em 2021 (último ano com informação). Nos últimos 15 anos, triplicaram a factoração por causa do investimento em I&D
  • O crescimento da empresa veio toda da parte da internacionalização. Se há 30 anos as vendas eram 80% em Portugal e 20% fora, hoje são 25% em Portugal e 75% fora.
  • Novas patentes químicas é um processo muito difícil, mesmo muita das grandes farmacêuticas não tem. A Bial tem duas. Este permitiu, com grandes investimentos também neste aspeto, criar uma rede de filiais nos principais países europeus.
  • Parcerias são cruciais, seja com outras farmacêuticas ou com a academia.
  • Ser uma empresa leader na área, reconhecida na europa, com projetos inovadores, é uma bola de neve,  consegue-se ter a colaboração de opinion leaders, médicos de topo, colaboradores de excelência. 84% colaboradores são licenciados
  • Oportunidades – 300 milhões de pessoas em todo o mundo que tem doenças raras
  • Com um largo conhecimento na área da neurociência e uma rede de filiais na europa, permite ser o parceiro de start up´s e outras empresas que estão interessadas no mercado europeu, mas não querem vir para cá diretamente pela complexidade do mercado e complexidade regulatória
  • Fatores críticos: ambiente regulatório e a complexidade
  • Depois de consolidar na europa havia a ambição de estar no mercado do primeiro mundo, mas só conseguiriam se tivessem medicamentos inovadores com valor. Só conseguiram ir para os EUA por serem leaders na área da neurociência, na europa. São necessários investimentos altíssimos e é um processo de aprendizagem. Cuidado porque nos EUA o nível dos valores envolvidos é efetivamente muito elevado e pode colocar em risco a empresa mãe se algo não correr bem. Aprendizagem, colaboração , recursos.
  • Orgulho:  tem 5% da quota de mercado global na área do Parkinson
  • Objectivo:  lançar medicamentos inovadores, que tenham um impacto real na vida das pessoas, é o nosso propósito. É mais do que alterar vidas, é transformá-las.

Painel

No painel que se seguiu, moderado por Nuno Ferro – Brand Leader da Experis, para além da Vice-Reitora Universidade NOVA de Lisboa coordena a áreas de investigação, inovação e criação de valor, conhecemos dois exemplos excelentes, com base tecnológica, do se está a fazer em Portugal e que nos enchem de orgulho

Isabel Rocha – Vice-Reitora Universidade NOVA de Lisboa coordena a áreas de investigação, inovação e criação de valor

  • Numa nova abordagem do papel das Universidades, surge uma terceira missão: criar valor na sociedade através da inovação. Utilizar o conhecimento e a ciência para a criação de novas empresas de base tecnológica, implementar técnicas inovadoras em empresas já estabelecidas ou desenvolver novas soluções para problemas sociais. É ter impacto e transformar, já não é só a transferência de tecnologia.
  • O nascimento de spin-offs académicas resulta desta tendência de transferir o conhecimento para novas empresas, capazes, por um lado, de o desenvolver tecnicamente já com uma perspetiva de mercado e, por outro, de angariar financiamento, nomeadamente capital de risco.
  • A Universidade Nova desenvolveu programas de Empreendedorismo, concursos de ideias, programas de mentoria a par de iniciativas de reconhecimento de spin-offs com o objectivo de envolver os seus estudantes na criação de start-ups inovadoras.
  • Existem cerca de 200 empresas ligadas á Universidade Nova.
  • Questão da propriedade intelectual, no âmbito das cooperações: há falta de orientações, temos seguido as boas praticas.

Luis Valente, CEO & Co-Founder iLoF

  • Uma start up é uma empresa com mais ambição do que recursos
  • A iLoF nasce da academia (Oxford e Universidade do Porto) e ser reconhecida como um spinoff do meio académico dá reconhecimento e idoneidade.
  • A injeção de capital também contou com os fundos norte-americanos M12 (capital de risco da Microsoft)
  • A iLoF é uma startup focada numa medicina personalizada. Utilizando a inteligência artificial permite angariar grandes quantidades de dados para construir uma biblioteca de perfis biológicos, e com isso acelerar o desenvolvimento de medicamentos personalizados
  • Vê com preocupação a pressa regulatória da europa em comparação aos EUA. Pode ser uma barreira á inovação, fazendo com que muitas startups pensem abandonar o mercado europeu, o que já começa a acontecer.

Pedro Leite, Head of Sales HQ & Partnerships ebankIT

  • A ebankIT surgiu em 2014 como um spin-off da ITSector.
  • Foco internacional, com 98% da produção dirigida à exportação, dado a capacidade de inovação da ebankIT, e tendo em conta o mercado altamente tecnológico e competitivo em que atua. Presença em 11 países (Portugal, Canadá, Reino Unido, Suíça, Roménia, África do Sul, Angola, Moçambique, Koweit, Uganda e Jamaica) e a entrar agora nos EUA.
  • Alocam cerca de 20/25% do valor global das vendas para investimento em I&D.
  • Consideram as parcerias fundamentais acreditando que 1+1=3
  • Um dos fatores de sucesso está relacionado com o facto de integrar todos os canais digitais que permitem o contacto entre as instituições financeiras e os seus clientes finais
  • A regulamentação e os temas da geopolítica estão na ordem do dia, nomeadamente o esforço dos EUA em realocar e fazer regressar a indústria o país. Se por um lado alguns aspetos da regulamentação são interessantes, por outro muitas vezes criam constrangimentos e degraus em áreas que são estratégicas, como a inovação.

Programa

08h55 | Welcome Remarks – Paulo Teixeira, Country Manager Pfizer

09h05 | Parte I – 100 anos inspirados pela Saúde e Inovação com António Portela, CEO Bial

Seguida de uma conversa aberta entre António Portela e os participantes

09h50 | À Conversa com Empresas, Startups e Academia com:

  • Luis Valente, CEO & Co-Founder iLoF
  • Isabel Rocha, Vice-Reitora Universidade NOVA de Lisboa coordena a áreas de investigação, inovação e criação de valor
  • Pedro Leite, Head of Sales HQ & Partnerships ebankIT
  • Nuno Ferro, Brand Leader da Experis
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